domingo, junho 05, 2011

Eleições legislativas Portugal 2011: resultados eleitorais

Resultados eleitorais das Eleições para a Assembleia da República de 5 de Junho de 2011:

2011 2009

% Deputados % Deputados

PSD……....… 38,63% (105) ---- 29,09% (78)

PS……..…..... 28,05% (73) ---- 36,56% (96)

CDS-PP....… 11,74% (24) ---- 10,46% (21)

PCP-PEV…… 7,94% (16) ---- 7,88% (15)

BE……..…...…. 5,19% (8) ---- 9,85% (16)

PCTP/MRPP.. 1,13% (0) ----- 0,93% (0)

PAN……..….... 1,04% (0) ----- Não concorreu

MPT…….….... 0,41% (0) ----- 0,21% com PH (0)

MEP……..…... 0,39% (0) ----- 0,45% (0)

PNR……..….... 0,32% (0) ----- 0,21% (0)

PTP………...... 0,30% (0) ----- 0,08% (0)

PPM……....… 0,27% (0) ------ 0,27% (0)

PND…….…... 0,21% (0) ------- 0,38% (0)

PPV……...….. 0,15% (0) ------ 0,15% (0)

POUS…...….. 0,08% (0) ------0,08% (0)

PDA……….... 0,08% (0) ------ Não concorreu

PH……….….. 0,06%(0) ------ 0,21% com MPT (0)

Brancos ..... 2,67% ----- 1,75%

Nulos ......... 1,36% ----- 1,31%

Abstenção..... 41,10% ------ 39,46%

A Direita ganhou as eleições, com uma coligação pós-eleitoral PSD/PP a governar o país.

PSD, PP e PCP-PEV, votos brancos, nulos e abstenção sobem PS e BE descem, PCTP e PAN ficam à beira de eleger um deputado.

Sobre a abstenção: não está na hora de resolver o problema dos eleitores fantasmas? Sabem quantos são, resolva-se o problema. Aumentaria a legitimidade e a representatividade dos eleitos e não colocaria problemas de validade em termos de futuros referendos. Não é pouco!

Volta-se a falar numa revisão constitucional, cá estaremos prontos para a discussão das propostas, quando estiverem em cima da mesa, sendo certo que para que isso aconteça o PS terá de se aliar à Direita para fazer os 2/3 na AR, a ver vamos...

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sexta-feira, junho 03, 2011

Breves notas sobre uma campanha eleitoral: eleições legislativas Portugal 2011

Eleição da Assembleia da República - 5 de Junho de 2011, as candidaturas admitidas:

BE. Bloco de Esquerda

CDS-PP CDS - Partido Popular

MEP Movimento Esperança Portugal

MPT Partido da Terra

P.H. Partido Humanista

PAN Partido Pelos Animais e Pela Natureza

PCP-PEV CDU - Coligação Democrática Unitária

PDA Partido Democrático do Atlântico

PND Nova Democracia

PNR Partido Nacional Renovador

POUS Partido Operário de Unidade Socialista

PPD/PSD Partido Social Democrata

PPM Partido Popular Monárquico

PPV Portugal pro Vida

PS Partido Socialista

PTP Partido Trabalhista Português

Um total de 17 partidos ou coligações, ainda que nem todos sem apresentem em todos os círculos eleitorais.

Tempos de antena
A lei eleitoral portuguesa garante (e bem, nem aceitariamos cenário diferente) tempos de antenas nas televisões e nas rádios a todas as listas candidatas.
É um direito, garante um mínimo dos mínimos aos pequenos partidos com parcos meios para a campanha... e é aqui que me quero centrar... alguns pequenos partidos, sem dinheiro para grandes cartazes, nem brindes, nem folhetos, visibilidade mediática, nem apoiantes para encher grandes comícios deveriam fazer uma aposta substancial aqui... no entanto alguns, por falta de meios humanos ou económicos, não sabemos desperdiçam os mesmos não transmitindo os seus tempos de antena... não entendemos!!!

Debates
Alguns, cedendo ao mediatismo, acham que só devia haver debate entre os partidos parlamentares, alguns vão mais longe e defende que só deveriam debater os líderes de PSD e PS, outros que deveriam ser debates a dois todos contra todos... com 17 partidos é impraticável.
A ser pensado numa próxima campanha eleitoral, o que defendo?
Um debate em simultâneo nas três televisões generalistas em sinal aberto ou três debates, um em cada uma delas com todos os partidos, um debate alargado em termos de tempo, de 2 horas! Ou a Democracia não é mais importante do que o mediatismo? Depois que se fizessem as entrevistas a cada candidato, os frente a frentes com os candidatos parlamentares, independentemente de mais alguns tipos de debates.
Dois pequenos partidos ganharam uma batalha judicial nesta campanha... um deles faltou aos debates!!!???

Dia de reflexão
Alguns contestam este dia, eu defendo-o.
Depois de 15 dias de campanha, de uma pré-campanha com outros tantos, um dia para pensar nas propostas, sem pressão, sem gritos de altifalantes ou buzinadelas... não se trata de menorizar o eleitor, como alguém defende, não gostaria de ver entrega de propaganda eleitoral à porta das mesas de voto... alguém vê utilidade nisso?

Quais as opções?
Votar à direita, esquerda, centro ou outra coisa qualquer...
Votar apoiando o acordo/memorando da troika/triunvirato, apoiar a renegociação da dívida ou até o não pagamos...
Voltar por Portugal de vocação europeia, de vocação atlântica, num Portugal lusófono, dando importância a tudo isto ou num Portugal isolado...
Votar pelos serviços públicos de qualidade e ao seviço de todos ou votar num Estado minimalista e em que pague quem pode com o Estado a subsidiar os privados...
Votar por terceiro referendo à despenalização do aborto ou pelo melhoria da aplicação da actual lei...
Votar por que se cumpra finalmente uma regionalização, num processo bem debatido, construído de baixo para cima, bem explicado, cumprindo a Constituição ou enterrar de vez a Regionalização porque ao fim e ao cabo os cidadãos não merecem nem necessitam de representantes regionais democraticamente eleitos...
Votar por uma redução de Ministérios, o da Cultura incluída... ao mesmo tempo que se cria uma Secretaria de Estado para o Idoso e se cria um Super-Ministério da Administração Interna ou então afirmar a importância da Cultura, mantendo este Ministério, sem querer desprezar a importância da Segurança mas não a sobrevalorizar...

Pluralismo
A cobertura jornalística deve ir de encontro ao que existe, se um partido quase não tem iniciativas não poderá fazer-se cobertura do que não existe, parece óbvio, no entanto, reiteradamente, preterir uns em função de outros, preferir uns em detrimentos de outros, com fotos ou imagens tendenciosas isso deve ser condenado.

Sondagens
Há sondagens para todos os gostos!
Não entendo os critérios jornalisticos que levam a apresentar uma sondagem como uma resultado eleitoral: o partido X ganha as eleições!
Parece, a acreditar nas vários estudos de sondagens, que está tudo decidido: o PSD ganha sem maioria absoluta, o PS fica em segundo a pouca distância, segue-se o terceiro, o PP, que formará uma nova AD com o PSD, depois a CDU, a seguir o BE, depois os pequenos partidos, provavelmente sem eleição de qualquer deputado, com uma subida dos votos brancos, nulos e da abstenção...
É o que "está escrito"... Será?
Afinal, são apenas, isso mesmo, sondagens, resultados só domingo à noite!

Programas e temas da campanha
Da competência para cumprir o acordo com a troika, cortar aqui ou ali, despedir mais ou menos funcionários públicos, aumentar ou baixar impostos, privatizar tudo ou quase tudo ou até nacionalizar o resto da banca... temas houve para todos os gostos!

Voto útil
O voto útil é sempre no nosso, sendo inútil nos outros... que democratas!
Segundo alguns um voto num partido sem hipóteses teóricas/históricas de eleger um qualquer deputado num determinado circulo eleitoral é considerado inútil.
Segundo alguns, um voto num partido que não contribua para formar um governo é um voto inútil.
Para evitar estes argumentos e porque defendo a proporcionalidade sou dos que apoiam a criação de um circulo nacional para "aproveitar" todos os votos "desperdiçados". Venha a reforma eleitoral quanto a esta questão!
Por mim o únivo voto inútil é o do abstencionista. É um voto demissionário.

VOTE

Ligações úteis:
http://www.cne.pt/cne-mc/content/legislativas-2011
http://www.portaldoeleitor.pt/Legislativas2011/Eleicao.aspx
http://www.tribunalconstitucional.pt/tc/home.html
http://www.dgai.mai.gov.pt/?area=103&mid=001

Saiba onde votar:
https://www.recenseamento.mai.gov.pt/

Veja os partidos concorrentes no seu círculo eleitoral:
http://www.cne.pt/dl/listas_ar_2011_admitidas.pdf

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