domingo, junho 22, 2008

Tratado de Lisboa, referendo e cidadania



Assinamos por baixo! Mais uma crónica lúcida e indispensável de António Barreto.

Ainda no "Público" deste Domingo, no editorial, refere Paulo Ferreira com inteira razão "Ninguém gosta de sentir que o seu voto foi ignorado e desrespeitado".

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terça-feira, junho 17, 2008

Esta questão do NÃO da Irlanda devia pôr-nos a pensar a todos.
Mostra que o projecto europeu não está devidamente explicado.
Isto é fácil de constatar porque para os portugueses a Europa é o sitio de onde vem o dinheiro que foi gasto em formação fantasma, em modernização industrial fantasma, agricultura fantasma, pesca fantasma.
A Europa está, em muitas cabeças, associada a muitos fracassos.
Por outro lado para além do económico, visível na moeda, não há qualquer outro objectivo que seja apercebido por todos.
A opção pela via americana do neo liberalismo levou a Europa a abandonar o Estado Social de Bem Estar conquistado após a Guerra. Em vez de um mercado regulado dos direitos dos consumidores, permitiu-se a invasão e ditadura das multinacionais sem regra nem pudor.
Em vez de representantes dos interesses dos cidadãos os eleitos optaram por serem instrumentos dos interesses do mundo financeiro.
É esta divisão que se sente entre a classe política e os povos da Europa.

segunda-feira, junho 16, 2008

Referendo Europeu, Irlanda vota pelo Não ao Tratado de Lisboa

O Tratado de Lisboa foi referendado na Irlanda e os eleitores decidiram pelo NÃO ao Tratado.

Tentando esmagar a "afronta" irlandesa e ainda mal recuperados do "choque irlandês"... gritam alguns: "novo referendo, novo refenrendo"... até que o SIM ganhe!

"A Irlanda não conta. Basta inventar uma nova maneira para rodear, calar, suprimir a opinião da ignorância, que se julga independente ou soberana. (...) A 'Europa' não 'pára' por uns votos. De que, aliás, não gosta." (Vasco Pulido Valente, "Público", 15/06/2008)
Raras vezes concordo com a sua opinião, esta é uma excepção à regra.

"Os chefes de governo que negociaram o Tratado de Lisboa e congeminaram o processo que levaria à sua ratificação emergem deste processo como pequenos delinquentes apanhados a roubar caramelos numa mercearia". (Pedro Magalhães, "Público", 16/06/2008)

"Os líderes políticos não se derem conta de que a integração europeia já não pode avançar `margem das opiniões públicas" (Francisco Sarsfield Cabral, "Público", 16/06/2008)

Como seria em Portugal? 
Não saberemos... não há referendo! (Ufa!!)

Os eleitores são muito (im)previsíveis!
As sondagens são melhores! Até se podem encomendar...

Quando, como argumentos a favor, se usa a chantagem: "porque receberam muitos subsídios e agora não podem ser ingratos", "se votam contra são contra a União Europeia e o melhor é sairem", "menos de um milhão eleitores não podem decidir o futuro da UE"... por esta lógica de demografia eleitoral no Luxemburgo não se devem fazer referendos.

Não sei onde fomos buscar a ideia de que um eleitor português vale o mesmo que um eleitor francês, um irlandês, um espanhol, um romeno, um alemão, belga  ou grego!?

Os irlandeses não foram na chantagem... temos pena!

O chamado divórcio entre os eleitores e os eleitos é ainda maior quando os assuntos são europeus: seja nas eleições europeias, seja nos referendos, seja pela grande abstenção, seja pelo conteúdo das campanhas.

Quando a União Europeia se resume à questão dos subsídios, apoios às novas adesões, fundos comunitários, "eu abdico do direito de ter direito de veto: quando milhões de euros me dás", "eu abdico de ter um comissário europeu: quantos euros me dás", "eu troca por euros o facto de a minha língua ser língua oficial", "eu aceito a perda de deputados europeus se me deres...", "eu abato a minha frota pesqueira se me deres"... afinal, há aqui qualquer coisa de PROSTITUIÇÃO POLÍTICA?

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domingo, junho 08, 2008

E depois do adeus

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Grândola, Vila Morena

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