sábado, setembro 17, 2005

"Saia de cena quem não é de cena"*

"Saia de cena quem não é de cena".
É preciso dizer mais!?
Álvaro Barreto, Maria Elisa, Ribeiro Cristóvão... agora, Morais Sarmento!
Todos deputados eleitos do PSD em Castelo Branco em diferentes legislativas.
De comum? Todos romperam os seus compromissos (mandatos que receberam dos seus eleitores) com o nosso distrito. Nenhum vive no distrito, razão pela qual não conhecem os seus problemas e anseios, por isso aqui perderam os seus combates eleitorais e de tão escaldado estar o nosso elitorado, com a forma como o poder laranja em Lisboa trata a Beira Baixa, chegou ao cúmulo de ser brindado com um inimaginável, no entanto merecido: 4-1 (PS-PSD). Depois de três consecutivos (3-2) e num distrito que já foi laranja.
Este distrito elegeu dois chefes de Governo do PS, muito deve aos dois: António Guterres e José Sócrates.
Se estes dois e os restantes deputados eleitos pelo PS fizeram o que deles se esperava, é bom e devia ser a regra.
Quem não tem cumprido ao longo dos tempos é o PSD: o Nacional, que impõe aqui como candidatos quem bem quer, sem pensar na sua impantação regional, achando que a "máquina laranja" tudo resolve; o Local, que se submete (raras excepções rapidamente silenciadas e afastadas) à vontade do PSD Nacional e o resultado tem sido confrangedor para o seu eleitorado, que neles depositou as suas esperanças e para o distrito que os teve com representantes.
Carlos Pinto, segundo da lista do PSD (suplente de Morais Sarmento), nas eleições legislativas de Fevreiro de 2005, irá ocupar o seu lugar na Assembleia da República ou fica pela Covilhã. Se não ocupar o seu lugar será o terceiro (3.º, dum partido que elegeu apenas 1!!) da lista que substituirá o tal senhor que queria amordaçar a Comunicação Social? Morais Sarmento não percebia (os censores são pouco inteligentes por natureza e tradição, como é que iria perceber) porque os jornalistas não gostavam dele e tanto o criticavam!!!
Aprenderão a lição? O PSD? O seu eleitorado?
O PP candidata Luís Queiró ("com grandes ligações a CB") à Assembleia Municipal de Castelo Branco! Para ocupar o seu lugar? Não me façam rir.
Maria Celeste Capelo, a candidata do PP à CMCB, a verificarem-se os resultados previsíveis, tendo em conta os resultados dos últimos anos e pensando-se no que vale percentualmente o PP em Castelo Branco, não será eleita. Atenção, porque esta política local, esta sim, do PP é a n.º 2 da lista à AMCB, porque não a n.º 3 ou 4? Porque o Luís Queiró vai seguir o (mau) exemplo dos deputados laranjas e será mera figura de cartaz, que não ocupará o seu lugar assim, Celeste Capelo irá subir na lista e irá substituí-lo, até porque é mais do que previsível que o PP só eleja um deputado municipal.

Luís Norberto Lourenço
(Militante do PS/Castelo Branco; membro do Secretariado da Secção da Educação da Fed. Dist. Cast. Branco do PS)

*Também em:
http://socialismo.blogcindario.com

terça-feira, setembro 13, 2005

A caminho do sucídio presidencial da esquerda? (I)

Uma das diferenças entre a esquerda e a direita, em Portugal, é a postura estratégica face à tomada do poder.
A lição de poder da direita é unir-se contra a esquerda.
A esquerda, falando do papão da direita, divide-se, achando que só o seu candidato pode derrotar o da direita e não se entendem!
Ficarão satisfeitos por serem os melhores da esquerda, entretanto o da direita, sem adversários na sua área política vai-se divertindo, com a repetição do cenário das presidenciais de 1986, esperando desta vez - Cavaco Silva - não perder por por um punhado de votos para Mário Soares.
Vamos por partes:
1) Todos os cidadãos são livres, no respeito pela Constituição da República, de se poderem candidatar a Presidente da República, tendo esse direito e podendo ter essa aspiração legítima; 2) Qualquer potencial candidato deve posicionar-se face aos outros, neste caso importando pensar nas reais hipóteses de eleição e se a sua candidatura não ajuda a dividir votos que juntos darião a eleição a outro candiadato da sua área política mais forte, impedindo, por consequência, a eleição daquele que teoricamente todos querem ver derrotado, mas que na prática, pela divisão do seu campo político, ajudarão a eleger!
Sejamos claros, Mário Soares é o melhor candidato, tem mais experiência que nenhum outro e pretígio internacional, não precisando de provar nada. Ex-Presidente da República, ex-Primeiro-ministro, ex-Ministro, ex-Deputado na AR, ex-Deputado do Parlamento Europeu, ex-Scretário-Geral do Partido Socialista, o qual fundou...
Uma sugestão: que tal umas eleições "primárias" ao nível da esquerda, ou pelo menos, do PS, em que podessem votar todos os militantes (voto: directo, universal e secreto)?
Os candidatos:
Mário Soares (apoio do PS)
Manuel Alegre (candidato? militante do PS, sem apoios partidários)
Carmelinda Pereira (apoio do POUS)
Francisco Louçã (apoio do BE)
Jerónimo de Sousa (apio da CDU)
Garcia Pereira (PCTP/MRPP)
Cavaco Silva (mais do que provavel candidato, com o apoio do PSD e do PP)
Só à esquerda temos 6 hipotéticos candidatos, 5 deles certos.
Bem, à direita é mais do que certo que só existirá um!
Lembrem-se das últimas presidenciais em França: três candidatos à direita e mais do dobro à esquerda, só os trotsquistas "conseguiram" apresentar dois! Lionel Jospin, devido à divisão da esquerda ficou em 3.º lugar, ficando pela 1.ª volta, à segunda passaram dois candidatos da direita, Chirac e Le Pen.
Resultado: as pequenas formações de esquerda que não queriam votar no socilaista Jospin e queriam "medir forças", ajudaram à sua derrota, na segunda viram-se obrigados a ter de escolher entre dois candidatos de direita: um de direita e outro de extrema-direita. Pior a emenda que o soneto: "não querendo engolir um sapo (Jospin), engoliram um elefante (Chirac)".
Luís Norberto Lourenço

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