Eleição da Assembleia da República - 5 de Junho de 2011, as candidaturas admitidas:
BE. Bloco de Esquerda
CDS-PP CDS - Partido Popular
MEP Movimento Esperança Portugal
MPT Partido da Terra
P.H. Partido Humanista
PAN Partido Pelos Animais e Pela Natureza
PCP-PEV CDU - Coligação Democrática Unitária
PDA Partido Democrático do Atlântico
PND Nova Democracia
PNR Partido Nacional Renovador
POUS Partido Operário de Unidade Socialista
PPD/PSD Partido Social Democrata
PPM Partido Popular Monárquico
PPV Portugal pro Vida
PS Partido Socialista
PTP Partido Trabalhista Português
Um total de 17 partidos ou coligações, ainda que nem todos sem apresentem em todos os círculos eleitorais.
Tempos de antena
A lei eleitoral portuguesa garante (e bem, nem aceitariamos cenário diferente) tempos de antenas nas televisões e nas rádios a todas as listas candidatas.
É um direito, garante um mínimo dos mínimos aos pequenos partidos com parcos meios para a campanha... e é aqui que me quero centrar... alguns pequenos partidos, sem dinheiro para grandes cartazes, nem brindes, nem folhetos, visibilidade mediática, nem apoiantes para encher grandes comícios deveriam fazer uma aposta substancial aqui... no entanto alguns, por falta de meios humanos ou económicos, não sabemos desperdiçam os mesmos não transmitindo os seus tempos de antena... não entendemos!!!
Debates
Alguns, cedendo ao mediatismo, acham que só devia haver debate entre os partidos parlamentares, alguns vão mais longe e defende que só deveriam debater os líderes de PSD e PS, outros que deveriam ser debates a dois todos contra todos... com 17 partidos é impraticável.
A ser pensado numa próxima campanha eleitoral, o que defendo?
Um debate em simultâneo nas três televisões generalistas em sinal aberto ou três debates, um em cada uma delas com todos os partidos, um debate alargado em termos de tempo, de 2 horas! Ou a Democracia não é mais importante do que o mediatismo? Depois que se fizessem as entrevistas a cada candidato, os frente a frentes com os candidatos parlamentares, independentemente de mais alguns tipos de debates.
Dois pequenos partidos ganharam uma batalha judicial nesta campanha... um deles faltou aos debates!!!???
Dia de reflexão
Alguns contestam este dia, eu defendo-o.
Depois de 15 dias de campanha, de uma pré-campanha com outros tantos, um dia para pensar nas propostas, sem pressão, sem gritos de altifalantes ou buzinadelas... não se trata de menorizar o eleitor, como alguém defende, não gostaria de ver entrega de propaganda eleitoral à porta das mesas de voto... alguém vê utilidade nisso?
Quais as opções?
Votar à direita, esquerda, centro ou outra coisa qualquer...
Votar apoiando o acordo/memorando da troika/triunvirato, apoiar a renegociação da dívida ou até o não pagamos...
Voltar por Portugal de vocação europeia, de vocação atlântica, num Portugal lusófono, dando importância a tudo isto ou num Portugal isolado...
Votar pelos serviços públicos de qualidade e ao seviço de todos ou votar num Estado minimalista e em que pague quem pode com o Estado a subsidiar os privados...
Votar por terceiro referendo à despenalização do aborto ou pelo melhoria da aplicação da actual lei...
Votar por que se cumpra finalmente uma regionalização, num processo bem debatido, construído de baixo para cima, bem explicado, cumprindo a Constituição ou enterrar de vez a Regionalização porque ao fim e ao cabo os cidadãos não merecem nem necessitam de representantes regionais democraticamente eleitos...
Votar por uma redução de Ministérios, o da Cultura incluída... ao mesmo tempo que se cria uma Secretaria de Estado para o Idoso e se cria um Super-Ministério da Administração Interna ou então afirmar a importância da Cultura, mantendo este Ministério, sem querer desprezar a importância da Segurança mas não a sobrevalorizar...
Pluralismo
A cobertura jornalística deve ir de encontro ao que existe, se um partido quase não tem iniciativas não poderá fazer-se cobertura do que não existe, parece óbvio, no entanto, reiteradamente, preterir uns em função de outros, preferir uns em detrimentos de outros, com fotos ou imagens tendenciosas isso deve ser condenado.
Sondagens
Há sondagens para todos os gostos!
Não entendo os critérios jornalisticos que levam a apresentar uma sondagem como uma resultado eleitoral: o partido X ganha as eleições!
Parece, a acreditar nas vários estudos de sondagens, que está tudo decidido: o PSD ganha sem maioria absoluta, o PS fica em segundo a pouca distância, segue-se o terceiro, o PP, que formará uma nova AD com o PSD, depois a CDU, a seguir o BE, depois os pequenos partidos, provavelmente sem eleição de qualquer deputado, com uma subida dos votos brancos, nulos e da abstenção...
É o que "está escrito"... Será?
Afinal, são apenas, isso mesmo, sondagens, resultados só domingo à noite!
Programas e temas da campanha
Da competência para cumprir o acordo com a troika, cortar aqui ou ali, despedir mais ou menos funcionários públicos, aumentar ou baixar impostos, privatizar tudo ou quase tudo ou até nacionalizar o resto da banca... temas houve para todos os gostos!
Voto útil
O voto útil é sempre no nosso, sendo inútil nos outros... que democratas!
Segundo alguns um voto num partido sem hipóteses teóricas/históricas de eleger um qualquer deputado num determinado circulo eleitoral é considerado inútil.
Segundo alguns, um voto num partido que não contribua para formar um governo é um voto inútil.
Para evitar estes argumentos e porque defendo a proporcionalidade sou dos que apoiam a criação de um circulo nacional para "aproveitar" todos os votos "desperdiçados". Venha a reforma eleitoral quanto a esta questão!
Por mim o únivo voto inútil é o do abstencionista. É um voto demissionário.
VOTE
Ligações úteis:
http://www.cne.pt/cne-mc/content/legislativas-2011
http://www.portaldoeleitor.pt/Legislativas2011/Eleicao.aspx
http://www.tribunalconstitucional.pt/tc/home.html
http://www.dgai.mai.gov.pt/?area=103&mid=001
Saiba onde votar:
https://www.recenseamento.mai.gov.pt/
Veja os partidos concorrentes no seu círculo eleitoral:
http://www.cne.pt/dl/listas_ar_2011_admitidas.pdf
Etiquetas: Assembleia da República, deputados, eleições legislativas, Governo, Portugal