terça-feira, março 29, 2005

UM APROFUNDAMENTO, CONCRETO E NÃO RETÓRICO, DA DEMOCRACIA INTERNA, É IMPERATIVO


1. DAS PRIMÁRIAS
Começa a fazer o seu caminho (o qual também tenho trilhado) a defesa da realização de eleições primárias no PS, para a escolha dos seus candidatos às eleições autárquicas (e também para as restantes).
Actualmente, há a legitimidade estatutária e democrática, da escolha dos candidatos às várias eleições, pelas estruturas do partido (secções, concelhias, distritais, Secretariado Nacional...), não sendo, honestamente, o método mais democrático e “apenas” por isso, defendo que sejam todos os militantes, nas respectivas concelhias, por voto universal, secreto e directo, a votar nos candidatos às respectivas autarquias (Câmara Municipal, Assembleia Municipal, Assembleia de Freguesia e Junta de Freguesia).
Atenção! Defendo que apenas votem os militantes socialistas e não os independentes e simpatizantes não filiados no PS. Os simpatizantes, sem filiação, também não votam nas eleições de clubes e associações, uma vez que não são sócios. Os potenciais candidatos independentes, que integrem listas do PS, devem como os outros, ser sufragados em primárias, não devendo ter direito a voto, já que não pagam quotas, nem dão a cara pelo partido.

2. DAS ELEIÇÕES, DEBATES E CAMPANHAS ELEITORAIS INTERNAS

Que este contributo ainda possa ter alguma utilidade para a campanha eleitoral para eleger o Secretário-Geral do PS, ou então, que fique como uma achega para o futuro do nosso partido.
Com ou sem listas únicas (por princípio sou contra elas, devido a proporcionarem a uma quase total ausência de debate) candidatas aos vários órgãos partidários, defendo e disto não abdico (desculpem-me os camaradas a inflexibilidade democrática), um debate exaustivo e esclarecedor, porque só ele é dignificante e por que importa tanto a existência da Democracia, por si só, como a qualidade da mesma, por isso defendo uma democracia representativa fortemente participativa e isso só é possível, quando um eleitor (seja qual for a eleição em causa) perante uma eleição, tenha tido, anteriormente,
oportunidade de assistir e participar num amplo e efectivo debate.
A título de exemplo, propus (a propósito da eleição para SG), em plena Assembleia Geral de Militantes, na minha Concelhia (de Castelo Branco), que se fizessem debates (em plenários distritais de militantes) em todas as federações distritais (fosse ou não na capital de distrito) do partido, com a presença dos três candidatos a SG.
Por mais interessante (oportuno e importante) que se apresente, para a maioria dos portugueses e mesmo para os militantes e simpatizantes socialistas, a realização de debates na televisão e na rádio, úteis como complementares ao debate interno, não devem aqueles substituí-lo nem compensar as suas lacunas.
Prioridade ao debate interno, porque só os militantes do PS votam.
Por mais simpático e fraternal que sejam os jantares (almoços, lanches, ceias e petiscos) de apoio a candidatos em campanha, não é com um jantar que um militante fica mais esclarecido sobre as propostas em cima da mesa, visto não se tratar “propriamente” dum debate.
São indispensáveis esses debates a nível regional, como seria importante, com ou sem a presença dos candidatos a SG, que os mandatários e apoiantes, a nível local, das várias listas oponentes debatessem nas várias concelhias.
Será pedir muito?
Será uma proposta tão descabida ou será demasiado democrática?

Luís Norberto Fidalgo da Silva Trindade Lourenço
(Militante n.º 27557 da Concelhia de Castelo Branco do PS)

Castelo Branco, 15 de Setembro de 2004

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